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09/12/2015 - 05:00

Tecnisa ajusta foco e será "empresa de R$ 1 bilhão

A Tecnisa divulgou, ontem, que será uma empresa de R$ 1 bilhão por ano no próximo ciclo de lançamentos. Não se trata de guidance, ou seja, de projeção oficial, e este tamanho não será alcançado em 2016, de acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Vasco Barcellos. Com foco na venda de estoques, a Tecnisa lançou só R$ 22 milhões de janeiro a setembro. A incorporadora vai atuar, prioritariamente, em São Paulo, mas terá projetos também em Curitiba (PR) e no Distrito Federal. O foco serão lançamentos de imóveis com valor até R$ 400 mil, segmento no qual ocorre o maior volume de vendas e que pode ser financiado com recursos da linha pro-cotista do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS).

 

Ainda que a prioridade seja esse segmento, a companhia continuará a lançar projetos no Jardim das Perdizes. "Nada impede também que façamos alguma coisa no Minha Casa, Minha Vida", disse o presidente da Tecnisa, Meyer Nigri. Segundo ele, a incorporadora só lançará empreendimentos com financiamento contratado e repasses na planta. Assim, mesmo que haja atrasos em obras ou na obtenção do habite-se, o prazo para o repasse não muda. Nigri ressaltou que, atualmente, o "grande vilão do setor" são os distratos. "Fomos impactados de maneira absurda pelos distratos. Não fosse isso, teríamos um resultado espetacular", afirmou. O presidente da Tecnisa disse estar menos pessimista e que 2016 deve ser "menos ruim" do que 2015. "Acho que, no meio de 2016, será possível saber o que será a Tecnisa nos próximos anos", disse Nigri.

 

As atenções da Tecnisa estão voltadas, no momento, para a monetização de ativos e não para o resultado contábil. "Como, praticamente, não lançamos nada há um ano e estamos vendendo unidades prontas com descontos, o resultado vai sofrer. Esse é o preço para monetizar os ativos", disse o presidente da Tecnisa. A companhia vendeu R$ 1,5 bilhão em ativos neste ano e vai manter a estratégia em 2016. O potencial de venda de terrenos da Tecnisa é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões em 2016, conforme Barcellos, mas a comercialização efetiva dependerá das condições de negociação encontradas. A incorporadora poderá vender áreas, por exemplo, de mercados como Brasília e Salvador.

 

A empresa está na expectativa da obtenção do habite-se para as primeiras torres do Jardim das Perdizes. Até o fechamento da edição, ainda não tinha saído. Se a venda de fatia de 17,5% nesse empreendimento tivesse ocorrido no terceiro trimestre, a alavancagem da incorporadora, medida pela relação entre dívida líquido e patrimônio líquido, cairia de 111,5% para 50,8%. Tratase de cálculo inicial, sujeito à revisão de auditores independentes.

 

Os resultados da Windsor, sociedade detentora do Jardim das Perdizes, passarão a ser consolidados pela Tecnisa na forma de equivalência patrimonial a partir deste trimestre. Após a venda, a empresa passou a deter 57,5% da Windsor. O lucro com a venda de parte da sociedade foi de R$ 98 milhões. A avaliação da fatia restante foi de R$ 280 milhões, o que seria um lucro não caixa, diz Barcellos. O total resultante da operação para a Tecnisa é, portanto, de R$ 378 milhões.

 

Fonte:
http://www.valor.com.br